As bolsas de valores da Europa devolveram os ganhos nesta terça-feira. Os investidores aproveitaram para resgatar lucros e, ao mesmo tempo, esperando pelos bancos centrais. Além disso, os indicadores econômicos da Alemanha para o mês de maio justificaram as péssimas estimativas provocadas pelo coronavírus.
Ao final, o índice Stoxx Europe 600 ficou em queda de 1,22% aos 369.54 pontos em Londres; o índice FTSE100, bolsa de Londres, ficou em queda de 2,11% aos 6.335 pontos; o índice DAX30, bolsa de Frankfurt, ficou em queda de 1,57% aos 12.617 pontos; o CAC 40 (Paris) ficou em queda de 1,55% aos 5.095 pontos; o FTSE-MIB (Milão) ficou em queda de 1,49% aos 19.930 pontos; o Ibex 35 (Madri) ficou em alta de 1,82% a 7.752 pontos; e o PSI-20 (Lisboa) ficou em queda de 1,63% a 4.523 pontos.
Sobre a pandemia, a Organização Mundial da Saúde disse que é muito raro pessoas assintomáticas espalharem o vírus, o que acabou permanecendo no foco das autoridades de saúde.
Para amanhã (10), o Federal Reserve vai decidir sua política monetária. O mercado aguarda por mais alguma medida de amparo econômico.
Sobre os indicadores, a Alemanha viu as exportações caindo, enquanto a pesquisa do Banco da França sobre os setores de manufatura e construção revelou recuperação em maio.
Entre as notícias corporativas estava a fabricante de cigarros British American Tobacco, com ações caindo 4%. A companhia anunciou a redução de ganhos e diretrizes de vendas para o ano, culpando uma queda de receita de 3% devido ao menor volume de viagens internacionais.
As ações do grupo de engenharia do Reino Unido Aveva subiram 4,08%, depois do anúncio do aumento de 23% no lucro operacional ajustado. A receita subiu 9% e a companhia manteve o pagamento de dividendos.
Na Europa, o PIB, ajustado sazonalmente, diminuiu 3,6% na Zona do Euro e 3,2% na União Europeia durante o primeiro trimestre de 2020, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com uma estimativa publicada pelo Eurostat, o escritório de estatística da União Europeia. Esses foram os declínios mais acentuados observados desde o início da série cronológica em 1995.
Na Alemanha, a exportação de mercadorias ficou no valor de € 75,7 bilhões e a importação no valor de € 72,2 bilhões em abril de 2020. Com base em dados provisórios, o Serviço Federal de Estatística (Destatis) também informou que as exportações caíram 31,1% e as importações 21,6% em abril de 2020 ano a ano. Esse foi o maior declínio das exportações em um mês em comparação com o mesmo mês do ano anterior desde a introdução das estatísticas do comércio exterior em 1950. A última vez em que as importações alemãs caíram tanto foi em julho de 2009 durante a crise financeira (-23,6%).
Na França, em abril de 2020, o déficit aumentou significativamente (+ € 1,8 bilhão) após a forte redução em março (- € 1,7 bilhão), a queda nas exportações foi maior este mês do que a das importações (em março, a situação foi inversa, o declínio nas importações superou o das exportações). Essa contração muito acentuada do comércio nos últimos dois meses está ligada às medidas de contenção implementadas na França e no mundo, no contexto da crise da saúde Covid-19. Os dados são do Ministério de Finanças e Economia da França.
*Por Ivonéte Dainese de relatórios oficiais e com agências internacionais