As bolsas de valores europeias fecharam as últimas sessões do mês de julho no vermelho. Alguns balanços financeiros, que ficaram acima das estimativas, não conseguiram reverter o mau humor do investidor europeu, que seguiu digerindo os dados econômicos da região. O resultado do PIB da Zona do Euro assustou.
Ao final, o índice Stoxx Europe 600 ficou em queda de 0,89% aos 356.33 pontos em Londres; o índice FTSE100, bolsa de Londres, ficou em queda de 1,54% aos 5.897 pontos; o índice DAX30, bolsa de Frankfurt, ficou em queda de 0,54% aos 12.313 pontos; o CAC 40 (Paris) ficou em queda de 1,43% aos 4.783 pontos; o FTSE-MIB (Milão) ficou em queda de 0,71% aos 19.091 pontos; o Ibex 35 (Madri) ficou em queda de 1,70% a 6.877 pontos; e o PSI-20 (Lisboa) ficou em queda de 0,22% a 4.295 pontos.
Os dados da China ficaram acima das projeções, mas os dos Estados Unidos preocuparam depois que PIB caiu em 32,9% e os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram 12 mil na semana passada.
O medo de uma segunda onda da pandemia aumentou no Reino Unido e obrigou o primeiro-ministro Boris Johnson a impor novas restrições de bloqueios nas áreas norte do país desde ontem.
A onda de casos de coronavírus ocorreu com as pessoas que não aderiram às regras de distanciamento social, disse o secretário de saúde Matt Hancock. Espanha e Bélgica também estão enfrentando novos surtos.
As ações de tecnologia da Europa estavam em alta nesta sexta-feira, depois que a fabricante de iPhone Apple e a Amazon divulgaram ganhos na noite desta quinta-feira, o que acabou com as expectativas ruins dos analistas. Além de reportar mais de US$ 11 bilhões em lucros, a Apple também anunciou uma divisão de ações de quatro para um. A gigante das redes sociais Facebook e a empresa-pai do Google, Alphabet, também apresentaram resultados sólidos, embora menos impressionantes.
Na Europa, entre as ações com ganhos estava a de semicondutores ASM International, alta de 3%, e as da Dialog Semiconductor PLC, alta de 2% cada.
Na Zona do Euro, o PIB caiu 12,1% no segundo trimestre, a maior queda de um quarto na história, à medida que emerge o verdadeiro impacto do coronavírus na economia do continente. O PIB 11,9% na União Europeia no segundo trimestre. Os dados são do Eurostat. Isso é significativamente maior que os valores da contração no primeiro trimestre, onde o PIB caiu 3,6% na Zona do Euro e 3,2% na UE. Os níveis do PIB também foram 15% mais baixos na Zona do Euro em comparação com o segundo trimestre de 2019 e 14,4% mais baixos na UE.
Resumo dos PIBs nos Estados-Membros no segundo trimestre de 2020:
Zona do Euro, queda de 1,2%; União Europeia, queda de 11,9%; Bélgica, queda de 12,2%, República Tcheca, queda de 8,4%; Alemanha, queda 10,1%; Espanha, queda de 18,5%; França, queda 13,8%; Itália, queda de 12,4%; Lituânia, queda de 5,1%; Áustria, queda de 10,7%; Portugal, queda de 14,1%; e Letônia, queda de 7,5%.
Na Europa, em julho de 2020, mês em que as medidas de contenção do COVID-19 continuaram sendo levantadas, a inflação anual da Zona do Euro deverá ser de 0,4%, acima dos 0,3% de junho, de acordo com uma estimativa do Eurostat, o escritório de estatística da União Europeia.
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*Por Ivonéte Dainese de relatórios oficiais e com agências internacionais