A Eneva enviou uma proposta ao BNDES com o objetivo de uma combinação de negócios com a AES Tietê, que envolve a totalidade das ações da companhia de energia.
A proposta apresentada corresponde a 130.498.292 novas ações Ordinárias de emissão da Eneva, mais uma parcela em dinheiro de R$ 727,9 milhões. O valor equivale a R$ 18,88 por UNIT da AES Tietê, seguindo o fechamento de 23 de julho de 2020.
“A operação tem o potencial de gerar significativos benefícios para os acionistas e demais stakeholders de ambas as companhias. A combinação de negócios cria uma plataforma mais eficiente de ativos de geração e o surgimento de uma empresa maior, ainda mais preparada para fazer frente aos desafios do mercado de energia”, ressaltou o CEO da Eneva, Pedro Zinner.
Para o BNDES e a Eletrobras, ressalta o executivo, suas respectivas participações terão seu capital alocado em uma empresa maior, mais sólida, de menor risco e com maior potencial de valorização. A operação trará ainda maior liquidez das ações, caso as instituições necessitem desinvestir e focar os recursos em outras prioridades para o Brasil.
Mercado de Capitais
Na operação, todos os acionistas da AES Tietê são tratados de forma equânime, independentemente de classe ou espécie de ações. O BNDES surge, assim, como principal agente de fomento alinhado aos interesses do mercado brasileiro de capitais.
“Com a recuperação econômica no período pós-crise e o crescimento de investimentos no país, a segurança jurídica e das nossas instituições reguladoras são fundamentais para a atração de capital externo”, ressalta Zinner.
A operação ocorre na sequência do posicionamento recente e formal da B3 que fortalece e legitima as instituições do país, em relação ao voto dos acionistas preferencialistas.
Em 20 de abril, a B3 deixou claro que todos os acionistas das companhias listadas no Nível 2, sejam titulares de ações ordinárias ou preferenciais, votam de maneira equitativa em deliberações assembleares acerca de matérias atinentes a transformação, incorporação, fusão ou cisão de tais companhias. O entendimento contraria a visão da AES Corporation sobre o tema.