Os investidores dos mercados acionários globais ficaram divididos nos negócios desta quinta-feira. O que se vê é a ansiedade tomando conta de todos ante os sinais de que o futuro será árduo depois da pandemia de coronavírus.
Alguns analistas internacionais consideram que a busca por uma retomada econômica está promovendo o vai e vem dos mercados, mas que ainda nada pode ser comemorado. Aliás, essa conclusão ficou evidente no decorrer dessa semana.
Na Ásia, por exemplo, os números apresentados pela China e a volta gradual das empresas ajudaram a alimentar o humor dos investidores, que também acompanham sempre o fechamento do dia anterior de Wall Street para montar as posições. Hoje, por exemplo, os índices fecharam divididos e a expectativa estava voltada para os indicadores econômicos dos Estados Unidos. Por outro lado, uma boa parte manteve a cautela porque a China se prepara para soltar uma enxurrada de relatórios amanhã (17). Estão previstos os dados de inflação, produção industrial, vendas no varejo, entre outros.
A Europa já respira, pelo menos é o que demonstram os líderes. A Alemanha já deverá retomar alguns setores na próxima semana e as escolas no dia 04 de maio. Outros países também já estão voltando, mas o Reino Unido prorrogou a quarenta. Vale lembrar que o primeiro-ministro Boris Johnson ainda está em recuperação. Os dados econômicos para a Zona do Euro e União Europeia ficaram entre os destaques.
Na bolsa de Nova York, os índices de peso fecharam com ganhos. O dia, com indicadores nada animadores, foi de expectativa para alguma declaração do presidente Donald Trump sobre a volta aos negócios. Trump discutiu com governadores a estratégia de como e quando a vida poderá voltar ao normal. Os números da China também darão o rumo para os negócios amanhã, bem como a temporada de resultados.
Por aqui, o mercado financeiro acompanhou o cenário externo, mas o índice não teve força para fechar em campo positivo. A dança das cadeiras em Brasília, com a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ficou no radar. Porém, a cautela permanece na relação do presidente Jair Bolsonaro com o Congresso, com o Supremo Tribunal Federal e também com grande parte dos governadores.
O dólar comercial fechou com ligeira alta ante o real.
Veja o comportamento dos mercados
Na Ásia, ao final, o índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong ficou em queda de 0,58% a 24.006 e o índice Shenzhen Composite ficou em alta de 0,48% a 1.744. O índice Xangai ficou em alta de 0,31% a 2.819. O índice FTSE Straits Times, bolsa de Singapura, ficou em alta de 0,26% a 2.612. O índice S&PASX 200, bolsa de Sidney, ficou em queda de 0,92% a 5.416. O índice Nikkei 225, bolsa de Tóquio, ficou em queda de 1,33% aos 19.290. O índice Kospi, Seul, ficou estável a 1.857. O índice Sensex, bolsa da Índia, ficou em alta de 0,73% os 30.602. O índice Taiex, bolsa de Taiwan, ficou em queda de 0,69% aos 10.375.
Na Europa, ao final, o índice Stoxx Europe 600 ficou em alta de 0,58% aos 324.92 pontos em Londres; o FTSE-100 (Londres) ficou em alta de 0,55% aos 5.628 pontos; o DAX 30 (Frankfurt) subiu 0,21% a 10.301 pontos; o CAC 40 (Paris) ficou em queda de 0,08% a 4.350 pontos; o FTSE-MIB (Milão) subiu 0,29% aos 16.768 pontos; o Ibex 35 (Madri) ficou em queda de 1,11% a 6.763 pontos; e o PSI-20 (Lisboa) ficou em queda de 0,75% a 4.106 pontos.
Nos Estados Unidos, ao final, o Dow Jones ficou em alta de 0,14% aos 23.537; o S&P ficou em alta de 0,58%; e o Nasdaq, alta de 1,66% aos 8.532.
No Brasil, ao final da jornada na B3, o Ibovespa caiu 1,29% aos 77.811 pontos. O volume financeiro ficou em R$21,16 bilhões.
Operaram com ganhos
RaiaDrogasil ON, alta de 2,73%; Maga. Luiza ON, alta de 3,92%; e Cosan ON, alta de 0,53%.
Operaram com perdas
Lojas Amer. PN, queda de 0,97%; TOTVS ON, queda de 0,17%; Ecorodovias ON, queda de 0,10%; Telef. Brasil PN, queda de 3,58%; Santander BR UNT, queda de 3,68%; Ambev ON, queda de 0,17%; e Petrobras PN, queda de 0,51%.
Mais negociadas
Petrobras PN, queda de 0,51%; Vale ON, queda de 1,02%; ItauUnibanco PN, zerada; Via Varejo ON, queda de 1,08%; e Magaz. Luiza ON, alta de 3,92%.
A B3 divulgou hoje a segunda prévia da nova carteira do Índice Bovespa que vai vigorar de 04 de maio de 2020 a 04 de setembro de 2020, com base no fechamento do pregão de ontem (15). A prévia do Ibovespa registrou a entrada de CPFL Energia ON (CPFE3), Energisa UNT (ENGI11), Minerva ON (BEEF3), totalizando 76 ativos de 73 empresas.
Carteira Teórica
Na Carteira Teórica do Índice Bovespa, que passou a vigorar de 06 de janeiro de 2020 a 30 de abril de 2020, estão os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice: Itauunibanco PN (8,573%), Vale ON (8,189%), Bradesco PN (6,985%), Petrobras PN (6,617%), e B3 ON (4,312%).
Commodities
O petróleo referência Brent fechou em alta de 2,31% aos US$28,33 o barril negociado na bolsa Mercantil de Futuros de Londres.
O petróleo WTI ficou em queda de 0,60% aos US$19,75 o barril na bolsa Mercantil de Futuros, Nova York.
O minério de ferro negociado no porto de Qingdao, China, ficou em queda de 0,18% a US$86,86 a tonelada seca e com 62% de pureza.
No Brasil, ao final e no interbancário, a moeda fechou em alta de 0,26% aos R$5,256 para a venda. O dólar turismo subiu 0,36% a R$5,540 para a venda.
O euro ficou em queda de 0,30% aos R$5,699 para a venda. A libra esterlina ficou em queda de 0,33% a R$6,543 para a venda. O peso argentino ficou estável a R$0,080 para a venda.
O Banco Central do Brasil colocou 10.000 contratos de swap cambial, que equivale a venda no mercado futuro, para vencimentos em maio.
Cenário externo
Na bolsa de Nova York, o índice DXY, que compara o movimento das seis moedas mais importantes ante o dólar americano, ficou em alta de 0,68% aos 100,14.
O ouro ficou em queda de 1,34% a US$1.745,20 a onça na bolsa Mercantil de Futuros, Nova York.
O euro caiu 0,64% a US$ 1,0836 e a libra esterlina ficou em queda de 0,58% a US$1.2452.
O Bitcoin valorizou 6,53% aos US$7,035,95.
*Por Ivonéte Dainese com relatórios oficiais e agências internacionais