As bolsas de ações da Europa devolveram os ganhos da sessão anterior nesta sexta-feira (15). O avanço do coronavírus, que obrigou o aperto nas medidas, e o processo de vacinação permaneceram no foco central. Além disso, os novos registros de mortes na China também despertaram a cautela global.
Ao final, o índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 1,01% aos 407.85 pontos em Londres; o FTSE-100 (Londres) ficou em queda de 0,97% aos 6.735 pontos; o DAX 30 (Frankfurt) ficou em queda de 1,44% aos 13.787 pontos; o CAC 40 (Paris) ficou em queda de 1,22% aos 5.611 pontos; o FTSE-MIB (Milão) ficou em queda de 1,13% aos 22.381 pontos; o Ibex 35 (Madri) ficou em queda de 1,69% aos 8.230 pontos; e o PSI-20 (Lisboa) ficou em queda de 1,51% a 5.038 pontos.
Nesta sessão, o índice pan-europeu recuou 0,8% na semana, a primeira queda desde meados de dezembro.
As preocupações ficaram ainda mais elevadas com alguns países da União Europeia recebendo doses menores do que o esperado de vacinas. A farmacêutica norte-americana Pfizer diminuiu os embarques da vacina desenvolvida com o parceiro alemão BioNTech.
Ainda na Alemanha, a chanceler, Angela Merkel, pediu uma “ação muito rápida” para conter a disseminação do coronavírus, já que o país teve um número recorde de mortes.
A França disse que vai endurecer o controle de fronteira a partir de segunda-feira, escreveu a Reuters.
O Reino Unido anunciou as restrições dos viajantes da América Latina e Portugal. O governo adotou a medida depois de contaminações pela nova variante do coronavírus.
Sobre a China, as autoridades chinesas disseram que mais de 28 milhões de pessoas estão novamente convivendo com bloqueios. A equipe de cientistas da Organização Mundial da Saúde- OMS está na região de Hubei para entender melhor sobre o vírus.
Por fim, os mercados aguardaram com otimismo o anúncio do pacote fiscal pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Porém, depois de declarado o aporte de US$1,9 trilhão em estímulos, a cautela surgiu com a probabilidade de aumentos nos impostos.
Entre as ações com perdas na bolsa de Paris ficaram as do Carrefour, queda de 2,8%, depois que o governo francês praticamente eliminou uma possível aquisição de US $ 20 bilhões pela canadense Alimentation Couche-Tard.
Ainda por lá, as ações da Peugeot caíram 4,21%, as da Alstom caíram 4,07%, as da Renault perderam 3,84% e as da Wordline devolveram 3,70%.
Na Europa, a primeira estimativa para as exportações de bens da Zona do Euro para o resto do mundo em novembro de 2020 foi de € 196,7 bilhões. Em comparação com novembro de 2019 (€ 198,6 bilhões), esta é uma queda de 1,0% mas indica, no entanto, um regresso aos níveis pré-COVID.
As importações do resto do mundo cifraram-se em €170,9 bilhões, queda de 4,2% face a novembro de 2019 (€ 178,4 bilhões). Como resultado, a Zona do Euro registrou um superávit de € 25,8 bilhões no comércio de bens com o resto do mundo em novembro de 2020, em comparação com + € 20,2 bilhões em novembro de 2019. O comércio intra-área do euro caiu para € 165,4 bilhões em novembro de 2020 , queda de 1,3% em comparação com novembro de 2019.
Na União Europeia, a primeira estimativa para as exportações extra-UE de bens em novembro de 2020 foi de € 176,6 bilhões, queda de 1,5% em comparação com novembro de 2019 (€ 179,3 bilhões).
As importações do resto do mundo situaram-se em € 151,3 bilhões, menos 6,2% face a novembro de 2019 (€161,3 bilhões). Como resultado, a UE registrou um superávit de € 25,3 bilhões no comércio de bens com o resto do mundo em novembro de 2020, em comparação com + € 18,0 bilhões em novembro de 2019. O comércio intra-UE aumentou para € 266,2 bilhões em novembro de 2020, + 0,6% em comparação com novembro de 2019. Os dados são do Eurostat.
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*Por Ivonéte Dainese com Reuters e Efe