Enquanto os três principais indicadores do mercado acionário americano batem recordes históricos de pontuação, a Bovespa amargou o pregão consecutivo de queda. Ontem, foi mais um dia em que operamos na contramão, com queda de 0,26% e índice em 115.947 pontos. Isso depois de termos batido recorde em 03/1 aos 118.791 pontos.
Aqui o comportamento das commodities no mercado internacional interferiram nas cotações de Vale e siderúrgica, Petrobras com incertezas sobre formulação de preços de derivados e o setor financeiro com boas quedas no dia de ontem, justificam o comportamento dos principais ativos negociados. Ocorre que, com as quedas recentes, o preço do petróleo no segmento internacional já voltou ao patamar de antes da crise geopolítica com o Irã
Hoje, os mercados da Ásia terminaram o dia novamente com altas, A Europa também com viés positivo no início dos trabalhos e os índices futuros do mercado americano também novamente no campo positivo. Aqui há espaço para recuperação, mas os investidores estrangeiros seguem retirando recursos da Bovespa. O fluxo até o dia 07 estava negativo em R$ 1,45 bilhão.
Ontem, nos EUA, a Câmara aprovou lei que limita o poder de Trump de usar a força contra o Irã, podendo fazer somente em situação extrema e/ou com aprovação do Congresso. O senado pode alterar isso. Hoje acompanhamos a divulgação de dados do Payroll de dezembro que subiu em 145 mil e manteve a a taxa de desemprego em 3,5%, considerando o bom momento da economia. Por aqui, a divulgação da inflação oficial pelo IPCA está no radar, enquanto a queda na produção industrial pode seguir fazendo efeito.
No mercado internacional, o petróleo WTI negociado na Bolsa Mercantil de Futuros em Nova York mostrava queda de 0,39%,com o barril cotado a US$ 59,33. O euro era transacionado em leve alta para US$ 1,109 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros em queda para 1,853%. O ouro e a prata tinham quedas na Comex e commodities agrícolas com viés de alta na Bolsa de Chicago. O preço do petróleo referência, Brent, segue em queda de 077% aos US$67,47 o barril negociado na Bolsa Mercantil de Futuros em Londres.
Aqui, o funcionalismo federal está aumentando a pressão sobre Bolsonaro por reajuste de salários e isso não é bom, com ameaças de paralisação. O presidente Bolsonaro também disse que o governador do Estado de São Paulo, João Dória, está desinformado sobre a privatização do porto de Santos e São Sebastião e disse que falta fazer as reformas administrativa e também a tributária, ambas bastantes complicadas, segundo nossa avaliação.
No mercado, a Bovespa dá sinais de acompanhar o bom momento dos mercados no exterior que retratam redução do ruído geopolítico e acordo comercial entre EUA e China, com dólar um pouco mais forte e juros na dependência do IPCA de 2019.